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1.
The Brazilian Journal of Infectious Diseases ; 26:102478, 2022.
Article in Portuguese | ScienceDirect | ID: covidwho-2007501

ABSTRACT

Introdução O relatório global da Organização Mundial de Saúde mostrou que o número de casos novos notificados de tuberculose (TB) caiu de 7,1 para 5,8 milhões entre os anos de 2019 e 2020. Revelou também que houve aumento do número de óbitos por tuberculose, fato ocorrido pela primeira vez na última década. Objetivo Comparar a apresentação, diagnóstico e desfecho do tratamento dos casos novos notificados de tuberculose em período prévio e durante a pandemia de COVID-19. Método Trata-se de um estudo descritivo, observacional, a partir de dados secundários do sistema de informação TB-WEB referente às notificações de tuberculose de um Hospital Universitário de referência para tuberculose multirresistente, HIV e transplantes do estado de São Paulo no período pré-pandêmico (2018/2019) e pandêmico (2020/2021) de COVID-19. Foram analisadas as variáveis apresentação clínica, comorbidades e o desfecho dos casos em ambos os períodos. Resultados Entre janeiro de 2018 a dezembro de 2021, foram notificados 349 casos de tuberculose no hospital, sendo 206 em 2018/2019 e 143 em 2020/2021, o que representou um declínio de 30,6% das notificações no período pandêmico. Em relação as comorbidades associadas, o acometimento pulmonar foi observado em 63% (220/349) dos casos e 37% (129/349) apresentavam forma extrapulmonar ou disseminada, 20% (70/349) dos pacientes tinham HIV associado, 10,9% (38/349) diabetes mellitus e 57,1% (199/349) outras comorbidades. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na forma de apresentação da doença e frequência das comorbidades entre os dois períodos avaliados. Dos 349 pacientes notificados, 302 tiveram desfecho no hospital, 5 foram transferidos e os demais permanecem em tratamento. O desfecho do tratamento da TB foi favorável em 74% (148/200) dos casos no pré-pandêmico e 54% (54/102) no pandêmico (p = 0,001). As taxas de óbito e o óbito por tuberculose também diferiram de forma significativa na comparação entre os períodos (p < 0,05). Conclusão Houve uma redução do número de casos notificados com tuberculose. As apresentações clínicas foram semelhantes nos dois períodos, entretanto o grau de severidade necessita ser avaliado bem como a co-apresentação TB/COVID-19. A elevação nas taxas de óbitos por tuberculose requer a reorganização dos serviços para a suspeição, diagnóstico e tratamento de forma hierarquizada na dinâmica do SUS para retomar as metas de controle da doença.

2.
The Brazilian Journal of Infectious Diseases ; 26:102455, 2022.
Article in English | ScienceDirect | ID: covidwho-2007497

ABSTRACT

Introdução A pandemia de COVID-19 impactou no diagnóstico e tratamento da tuberculose (TB), principalmente em relação a descoberta precoce dos casos de tuberculose e supervisão do tratamento diretamente observado. Além disto, a coinfecção TB e COVID-19 deve ser estudada no sentido de compreender a interação destes dois patógenos e o impacto na apresentação e desfechos clínicos. Objetivo Descrever e avaliar o desfecho dos casos de coinfecção tuberculose/COVID-19 em um hospital de referência. Método Trata-se de um estudo descritivo, realizado com dados secundários do banco de dados dos casos internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave de um hospital de referência do interior paulista e do Sistema de Informação TB-WEB para confirmação dos casos notificados de tuberculose. Foram selecionados os casos de COVID-19 confirmados por RT-PCR ou critério clínico radiológico, internados no hospital, que tinham tuberculose ativa (história prévia ou atual de tuberculose). Analisado as variáveis sociodemográficas (sexo, idade e raça/cor), forma clínica (pulmonar, extrapulmonar, pulmonar e extrapulmonar), comorbidades e desfecho dos casos internados (alta para tratamento ambulatorial, óbito). Resultados Dentre os 2.565 casos de COVID-19 positivos, 2.383 foram internados. Tuberculose e COVID-19 foi diagnosticada em 14 casos, em 8 a tuberculose foi diagnosticada e curada previamente e em 6 o diagnóstico de tuberculose ativa ocorreu durante a internação por COVID-19. Das variáveis sociodemográficas, 79,0% eram do sexo masculino, 71,0% tinham mais de 40 anos de idade, 79,0% eram brancos. Em relação a forma clínica, 86,0% tinham a forma pulmonar, 14,0% a forma extrapulmonar. Quanto as comorbidades, 29,0% faziam uso de álcool, 21,0% de drogas, 21,0% tinham doença renal, 7,0% HIV, 7,0% diabetes. Em relação ao desfecho dos casos durante a internação, 9 (64%) casos receberam alta hospitalar e 5 (36,0%) foram a óbito. Dos que foram a óbito, 4 pacientes receberam o diagnóstico de TB ativa e iniciaram o tratamento intra-hospitalar, eram predominantemente adultos jovens, que faziam uso de drogas e que apresentaram resultados microbiológicos baciloscopia, TRM-TB e cultura positivos. Conclusão Observou-se a ocorrência de diagnóstico tardio de tuberculose entre os casos positivos de COVID-19 que foram internados associado à elevada letalidade.

3.
J Mycol Med ; 31(4): 101175, 2021 Dec.
Article in English | MEDLINE | ID: covidwho-1309346

ABSTRACT

BACKGROUND: COVID-19 co-infections have been described with different pathogens, including filamentous and yeast fungi. METHODOLOGY: A retrospective case series study conducted from February to December 2020, at a Brazilian university hospital. Data were collected from two hospital surveillance systems: Invasive fungal infection (IFI) surveillance (Mycosis Resistance Program - MIRE) and COVID-19 surveillance. Data from both surveillance systems were cross-checked to identify individuals diagnosed with SARS-CoV-2 (by positive polymerase chain reaction (PCR)) and IFI during hospital stays within the study period. RESULTS: During the study period, 716 inpatients with COVID-19 and 55 cases of IFI were identified. Fungal co-infection with SARS-CoV-2 was observed in eight (1%) patients: three cases of aspergillosis; four candidemia and one cryptococcosis. The median age of patients was 66 years (IQR 58-71 years; range of 28-77 years) and 62.5% were men. Diagnosis of IFI occurred a median of 11.5 days (IQR 4.5-23 days) after admission and 11 days (IQR 6.5-16 days) after a positive PCR result for SARS-CoV-2. In 75% of cases, IFI was diagnosed in the intensive care unit (ICU). Cases of aspergillosis emerged earlier than those of candidemia: an average of 8.6 and 28.6 days after a positive PCR for SARS-CoV-2, respectively. All the patients with both infections ultimately died. CONCLUSION: A low rate of COVID-19 co-infection with IFI was observed, with high mortality. Most cases were diagnosed in ICU patients. Aspergillosis diagnosis is highly complex in this context and requires different criteria.


Subject(s)
Aspergillosis , COVID-19 , Candidemia , Coinfection , Cryptococcosis , Adult , Aged , Aspergillosis/epidemiology , Brazil/epidemiology , COVID-19/epidemiology , Candidemia/epidemiology , Coinfection/epidemiology , Cryptococcosis/epidemiology , Female , Fungi , Hospitals, University , Humans , Male , Middle Aged , Referral and Consultation , Retrospective Studies
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